De todos os segmentos menores que compõem o universo da engenharia e construção civil, um dos mais interessantes é o de pisos e revestimentos.

Ele também é, provavelmente, o mais próximo dos leigos no assunto. Por isso mesmo, uma das maiores empolgações das pessoas que acabam de receber sua casa própria é começar a escolher os acabamentos.

Além disso, pouca gente sabe, mas o Brasil tem assumido as primeiras posições no setor cerâmico do mercado internacional, disputando espaço com países de primeiro mundo que são os maiores produtores da área.

Os dados são da própria ANFACER, que é a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos. O segmento é tão dinâmico que, quando o assunto é aplicação industrial, há outras instituições referenciais.

É o caso, por exemplo, da ANAPRE (Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de Alto Desempenho). Em todos os casos, os fatores determinantes da qualidade desse tipo de produto passam pelos seguintes pontos:

  • Os fatores estéticos;

  • A resistência química;

  • As propriedades mecânicas;

  • A facilidade de limpeza;

  • Os modos de instalação, etc.

Adiante, entenderemos o dia a dia desse setor que é cheio de nuances, sutilezas e opções enriquecedoras.

A excelência e as normas reguladoras

Embora o setor de pisos e revestimentos lide com materiais brutos e matérias-primas bastante rústicas, extraídas diretamente da natureza e tratadas pelo setor primário, ele tem normas e exigências minuciosas.

Isso ocorre pois nas décadas passadas o segmento foi muito frequentado por pequenas fábricas, as quais nem sempre cumpriam os critérios mais indicados para a fabricação de pisos e instalação de revestimentos.

O que mais se popularizou na época foi o Piso de concreto preço. Mas nem sempre ele saía de fábrica com todas as exigências cumpridas e isso acabou colocando o setor inteiro em risco de descrédito.

De fato, um material inadequado ou um simples processo mal operado pode comprometer não apenas a beleza de um piso, mas também sua funcionalidade e até a segurança do local que contará com ele.

Nesse cenário é que surgem as instituições oficiais supracitadas, como a ANFACER e a ANAPRE. Atualmente, os pisos mais comuns da área são os seguintes, todos eles devidamente padronizados:

  • Os de cerâmica;

  • Os de porcelanato;

  • Os de granito;

  • Os de mármore;

  • Os de silestone;

  • Os de ladrilho;

  • Os de ardósia;

  • Os de cimento queimado;

  • Os de granitina, etc.

Além disso, o setor lida com produtos específicos como os polímeros, o poliuretano, a tinta epoxi comprar, entre outros.

As normas de técnicas de referência que regulam esse universo são várias.

As mais comuns passam pela NBR 13816, do ano de 1997, a NBR 15799, de 2010. A mais recente dela é a NBR 15463, do ano de 2013. São elas que regulam toda a parte de terminologias, classificações e padronizações do segmento.

O incrível avanço da tecnologia na área

Um exemplo de como a tecnologia bem aplicada pode agregar ao setor se encontra na Cerâmica de alta tecnologia.

Também conhecidas como cerâmicas técnicas, trata-se de produtos finais que contam com vários acabamentos customizados e técnicas especiais que dão um “quê” exclusivo às soluções.

As matérias-primas utilizadas nesses casos podem ser naturais ou sintéticas. Em todo caso, a confecção das peças utiliza desde fornos de alta temperatura até processos de melhor precisão e acabamento.

Mais recentemente, surgiram duas tendências valiosas. Uma é a dos cursos preparatórios para os profissionais da área, o que tende a ampliar os recursos estéticos e arquitetônicos do setor.

A outra é a aplicação de máquinas CNC. Trata-se daqueles equipamentos industriais que contam com a interação de Controle Numérico Computadorizado (daí a sigla), também aplicado em usinagem de alta precisão.

As técnicas mais comuns utilizadas na área são:

  • Dry press;

  • Injection molding;

  • Doctor blade;

  • Slip casting, etc.

Divisórias de gesso e paredes 3D

Outras soluções mais acessíveis também surfaram essa onda de crescimento comercial e tecnológico.

É o exemplo das mais modernas divisórias e paredes do mercado.

A parede em drywall, por exemplo, é feita com estruturas de aço e chapas de gesso, o que permite uma flexibilidade incrível.

Essas paredes podem ser instaladas e desinstaladas com muita facilidade, além de permitirem customizações incríveis.

Por isso mesmo, elas são muito utilizadas em salas comerciais, que precisam mudar o layout do espaço com frequência.

A divisoria de gesso é outro exemplo. Ela ficou bastante conhecida por lançar no mercado as famosas paredes 3D, que permitem grandes efeitos de textura e acabamento tridimensionais.